quarta-feira, 6 de junho de 2018

São Gilberto e o ministério petrino

           

São Pedro



Beato Papa Eugênio III



Papa Bento XVI

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Papa Francisco
     
        Alguns escritos cristãos antigos nos mostram a importância da Igreja de Roma e de seu Bispo para manter a unidade e decidir as questões de fé. A carta de São Clemente, Bispo de Roma, no final do século I, destaca a autoridade e o primado desta Igreja sobre as outras. Santo Inácio de Antioquia escreve à Igreja de Roma se dirigindo a ela como aquela que “preside à caridade”, sinalizando a preeminência desta. Por conta das questões da data da Páscoa, na metade do século II, o Bispo de Roma, São Vitor, por sua autoridade, foi quem definiu esta questão. Santo Irineu, no final do século II, no seu livro Contra as Heresias, afirma a autoridade romana e o seu papel de confirmar e guardar a doutrina.
         Por conta do trabalho missionário e do martírio de São Pedro e de São Paulo, a Igreja de Roma foi considerada aquela principal entre as outras. Ela recebeu a doutrina diretamente das duas grandes colunas da Fé cristã. Por isso, recebeu a missão de confirmar a fé e os costumes das outras comunidades a partir dos ensinamentos recebidos e guardados dos Apóstolos. Cada comunidade devia estar em consonância com a Igreja de Roma, pois esta era encarada como a medida da doutrina correta e genuína.
          A Igreja celebra o dia do Papa no dia em que faz memória dos santos Pedro e Paulo, colunas mestras da igreja de Cristo, cuja fé está alicerçada na fé proferida por ambos apóstolos.
            São Pedro que em nome da comunidade apostólica declara que Jesus é o Messias é o mesmo por quem o Senhor orou para que se mantivesse firme e em pé diante das perseguições e da fraqueza para que, uma vez, fortalecido em sua fé pudesse confirmar a fé dos seus irmãos.

           São Gilberto de Sempringham foi também alguém que foi confirmado em sua fé pela presença atuante da figura de Pedro na pessoa do papa em seu tempo. Foi o grande papa cisterciense, beato Eugênio III que o recebeu por ocasião de sua ida a Citeaux, para participar do Capítulo Geral da Ordem, sob a direção e guia de São Bernardo de Claraval, que concedeu os Estatutos de Sempringham e concedeu sua bênção apostólica para que Gilberto voltasse à Inglaterra como o Mestre da sua comunidade.

         Também foram muitas as cartas de apreço e solidariedade a São Gilberto recebidas por ocasião da revolta de alguns irmãos da ordem que procuraram tumultuar a vida do santo fundador e, que em sua obediência e silêncio, valeram-lhe a vitória concedida através da presença do ministério petrino a seu favor.

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