Os milagres por intercessão de São Gilberto- VI

Um joelho curado.

             Felicia, uma mulher de Anwick, disse sob juramento que, durante dois meses, os músculos do seu joelho estavam tão tensos que ela não conseguia mais andar. 

        Ela mesma foi levada de carro até a tumba do mestre Gilberto, permaneceu em vigília por duas noites com uma vela acesa e prometeu que, se Deus lhe desse boa saúde, ela adotaria o hábito da freira, se permitido pelo convento. 

             Então, na segunda noite, adormeceu e sonhou que uma flor vermelha caía sobre o seu joelho da boca de uma estátua da Santíssima Virgem que estava naquele lugar. 

            Ao acordar, percebeu imediatamente que fora curada pelos méritos do mestre Gilberto e pela graça de Deus e da Santíssima Virgem. Ela pulou imediatamente e beijou o pé da estátua. 

           O mesmo Hawise de Anwick testemunha a doença, o método e o local de sua cura. Assim também, sob juramento, Ralph, filho de Swein, que a levou ao túmulo do mestre Gilberto em seu carro. 

           A mesma Felicia disse também que, para comemorar esse milagre, ela visita a tumba de Mestre Gilberto todos os anos com suas ofertas.

São Gilberto e seu espírito missionário

             

            O mandato do Senhor de ir até aos confins do mundo e pregar o Evangelho (cf Mt. 28,18-19) foi vivido seriamente por todos os santos que, sem exceção de nenhum, tiveram esse espírito missionário. Lembremo-nos da grande doutora e mística carmelita de clausura, Santa Teresinha do Menino Jesus que mesmo nunca tendo deixado as terras francesas é colocada lado a lado com o grande missionário São Francisco Xavier como a patrona das missões.

       A missão nasce no coração e se espalha pelas ações concretas que se toma em relação ao anúncio do Evangelho de Jesus Cristo a todos os povos e nações, em todos os tempos e épocas, levando aos seres humanos conhecerem e amarem ao Senhor como o único em suas vidas.

       A partir dessas primicías podemos afirmar que São Gilberto de Sempringham como todos os que responderam com alegria e generosidade ao seu batismo, também foi um missinário em seu tempo e em sua realidade eclesial.

         Vamos analisar alguns aspectos do missionário São Gilberto:

- a missão implica em sair de si mesmo e pôr-se a disposição do Evangelho: assim agiu o nosso grande santo, foi capaz de sair de si mesmo, ainda que diante de suas grandes dificuldades pessoais, partiu para a França, outra terra, outra cultura, para que ali pudesse receber a formação necessária para desenvolver sua formação humana e eclesial;

- o caráter de acolhimento das pessoas em suas dimensões: São Gilberto foi acolhedor daqueles ao seu redor para ajudar a cada um a desenvolver seu carisma e potencialidade;

- o aspecto da abertura às necessidades humanas no seu tempo: acolher mulheres e pobres dentro da vida religiosa era um aspecto pioneiro de São Gilberto em seu tempo;

- a abertura de suas casas situadas em regiões não ricas da Inglaterra de seu tempo para poder acolher religiosos simples e socorrer aos pobres;

- a fundação de casas fora da Inglaterra: aspecto missionário ad gentes de suas fundações;

- como sinal da Igreja, São Gilberto conseguiu além de levar a notícia de Jesus Cristo e a sua graça às pessoas de seu tempo como também conseguiu penetrar com espírito evangélico as realidades temporais e aperfeiçoá-las concedendo a todos a graça da pertença ao amor infinito de Deus que nos salva.

    São Gilberto, o grande missionário pelo exemplo e pelo testemunho de vida conseguiu atingir os corações humanos em seu tempo com a mesma força de nossa ação evangelizadora em nossos dias de tão rápida comunicação.

             Que São Gilberto de Sempringham ajude a cada um de nós a compreender a grandeza e a beleza da missão.

Priorado de São Leonardo em Clattercote

Arcos conservados do antigo priorado de São Leonardo em Clattercote

            Em Clattercote, 10 quilômetros ao norte de Banbury, havia uma casa da Ordem Gilbertina, originalmente um hospital para leprosos. Uma ação preservada na Catedral de Lincoln lança alguma luz sobre sua fundação e história.

          Por essa ação, William, mestre da Ordem de Sempringham, nota que “como a casa de Clattercote prosperou tanto em posses oferecidas pelos dons dos fiéis, que seus próprios recursos são suficientes para apoiar os irmãos que moram lá; e no lugar dos enfermos, cuja manutenção era necessariamente mais cara, por um plano mais sábio, os saudáveis ​​são eleitos, por nossa sugestão e solicitação: portanto, pedimos desculpas a Richard, bispo de Lincoln (1258-79), 4 libras de um pagamento anual de 6 mil libras esterlinas, concedido pelo bispo Roberto de Chesney, em vez de certos dízimos, pela manutenção mais liberal dos enfermos da casa de Clattercote. “ A casa existia, portanto, na época de Roberto de Chesney (1148-66) e foi possivelmente fundada por ele, Clattercote sendo uma aldeia na propriedade episcopal de Cropredy.

  Uma confirmação do Papa Inocente de 5 de março de 1216,  dá as posses da 'casa de São Leonardo para leprosos', enquanto 2½ oculta em Clattercote (aparentemente toda a aldeia), 9 casas em Banbury, 30 acres de terras em Little Burton perto de Banbury, 60 acres de terras em Appeltree, Northants; em Warwickshire, 18 acres em Ratley, 30 acres de terras em Wormleighton e 200 acres em Fenney Compton, com pastagens para 500 ovelhas, 8 bois e 4 cavalos.

   Quatro anos depois, o Papa Honório concedeu uma confirmação geral 'ao prior e aos irmãos do hospital de leprosos de Clattercote', com uma isenção do pagamento de certos dízimos pequenos.

   Em 1246, Roberto, prior de Clattercote, tendo obtido de Roberto, prior de Laund, uma propriedade na aldeia adjacente de Claydon, concordou em pagar ao bispo de Lincoln por um ano "para a referida mansão" . Logo depois, como já vimos, Clattercote deixou de ser um hospital de leprosos e se tornou um priorado comum dos Gilbertinos.

   Em 1291, as posses do priorado, que foram enumeradas, estão todas na vizinhança imediata, sendo as terras em Fenney Compton e as terras em Clattercote e Claydon calculadas em mais de 22 libras; a renda total foi de cerca de £ 33, à qual deve ser adicionado o pagamento anual de £ 2 10s ao bispo de Lincoln, um pagamento que foi continuado até a dissolução dos mosteiros.

 Em 1343 Thomas, Conde de Warwick concedeu aos cônegos de Clattercote a reitoria de Ratley, Warwickshire, e cinco anos depois o bispo formou um vicariato lá. Vimos pelos Valores Eclesiasticos que, após pagamentos ao vigário de Ratley, ao arquidiácono, ao bispo e à catedral de Lichfield, esse presente valia 10 libras por ano, ainda em 1535 a renda ainda é de cerca de 35 libras, as propriedades são praticamente as mesmas de antes, mas os aluguéis de Clattercote e Claydon são menores, e em 1526 o lucro líquido é de apenas 12 libras. Em 1536, na dissolução dos mosteiros, a casa consistia em John Grene, prior, e apenas três cônegos.

  O colégio de Christ Church, Oxford, obteve parte da propriedade do priorado, mas possui pouco das antigas consturções do priorado. Hoje é ocupado por uma casa particular.

Priorado de Santa Maria em Tunstall

      O Priorado Gilbertino de Santa Maria de Tunstall foi fundado como uma casa dupla antes de 1164 por Reginald de Crevequer. Ele o dotou da ilha de Tunstall, de toda a sua taxa na ilha de Hade, do prado entre as ilhas e dos direitos comuns. 

     Antes de 1189, seu filho Alexander de Crevequer uniu a casa ao priorado Gilbertino de Bullington.

Obs: Não há nenhuma informação de onde se encontrava esta casa.

Priorado de Santa Maria em Bullington

         

        local onde se encontrava o priorado de Santa Maria

       O priorado era uma casa da Ordem Gilbertina e dedicada a Santa Maria. Foi fundado como uma casa dupla entre 1148 e 1154 por Simon, filho de William de Kyme, que deu parte de seu parte de suas terras para o local, juntamente com florestas e mais terras, as igrejas de Bullington e Langton e Hackthorn Mill.

Seu filho, Philip de Kyme, providenciou sete cônegoss com terras em Faldingworth, as igrejas de Spridlington e Winthorpe e uma porção de Friskney. Para as freiras, ele deu 20 acres em Huttoft para as roupas do convento e da igreja de Santo Albinus em Spridlington.      

Alexander de Crevequer concedeu 52 acres em Hackthorn, e é comum em pastagens para 500 ovelhas e o pequeno priorado que seu pai fundou na ilha de Tunstall. Os números foram limitados pelo estatuto de São Gilberto a 100 freiras e irmãs leigas, e 50 cônegos e irmãos leigos.

Ao longo do século XIII, o prior e o convento continuaram a adquirir terras e igrejas. Após a peste negra, a casa sofreu e em 1428 havia menos de dez pessoas em Bullington e Spridlington, o que fez com que a igreja de Spridlington caísse em ruínas. A casa foi dissolvida em 1538 pelo prior, a  prioresa , nove cônegos e catorze freiras.

Igreja em Langton dedicada a Santa Margarida




Igreja em Hackthorn Mill dedicada a São Miguel





interior da mesma igreja de São Miguel

Priorado de Santa Maria em Cattley

vista aérea do local onde se encontrava o priorado de Cattley, perto de Walcot

        O Priorado gilbertino de Santa Maria, Cattley, foi fundado como uma casa dupla entre 1148 e 1154 por Pedro de Billinghay. Ele o dotou de toda a ilha de Catley, local de uma granja e algumas terras aráveis ​​em Walcot; a igreja de Billinghay e a capela de Walcot; pastagem para 400 ovelhas nos dois municípios e direitos de pesca no pântano de Walcote.

       São Gilberto limitou o número de religiosos a sessenta freiras e irmãs leigas e trinta e cinco cônegos e irmãos leigos. O priorado sempre foi uma das casas mais pobres da ordem de Sempringham.

           Foi dissolvido por ordem do Rei Henrique VIII em 1538.

Priorado de Santa Maria em North Ormsby

vista aérea do lugar onde se encontrava o priorado

campo onde se encontrava o priorado

      O Priorado de Santa Maria foi fundado por Gilberto, filho de Roberto de Ormsby, com o consentimento de seu senhor, William, conde de Albemarle.

        Roberto era o mordomo de Guilherme de Percy e deu às freiras as igrejas de South Elkington e Little Grimsby, pastagens e terras. 

       São  Gilberto limitou o número de enclausurados a 100 freiras e irmãs leigas e 50 cônegos e irmãos leigos. Este priorado era duplo: homens e mulheres viviam separados mas num mesmo complexo.

        Em 1534, o prior subscreveu a supremacia dos reis e à Igreja Anglicana, fundada pelo rei, e a casa foi rendida pelo prior, 5 cônegos e 9 freiras em 1538.

          O último prior foi Christopher Cartwright. 

    O lugar onde se encontrava o priorado ainda está visível como terraplenagem.

Priorado de Santa Helena em Mattersey

     O priorado de Santa Helena fica em uma ilha de cascalho no lado oeste do rio Idle, na região pantanosa da Idade Média. Foi estabelecido em 1185 por Roger FitzRalph, da vizinha Mattersey, para a Ordem Gilbertina, a única ordem monástica que se originou na Inglaterra.

        Os restos mortais datam principalmente do final do século XIII - o mosteiro original foi destruído pelo fogo em 1279. A igreja em ruínas, no lado norte do claustro, é de uma data anterior. Era de planta retangular, com o coro dos cônegos no extremo leste e o dos irmãos leigos no oeste.

          No século XV, uma torre foi construída sobre a parede norte da igreja, que pode ter sido parcialmente arruinada, pois os irmãos leigos não eram mais uma parte significativa da comunidade naquela data.

Faixa leste

          Os cônegos viviam na faixa leste do claustro, construída imediatamente após o incêndio de 1279.

          O térreo compreendia um espaço abobadado de sete compartimentos. Os dois compartimentos do norte eram capelas, originalmente originárias da igreja: os cônegos celebravam missas pessoais diariamente. Os próximos três compartimentos compreendiam a casa capitular onde a comunidade se reunia para discutir negócios e receber disciplina.

          Os dois compartimentos no extremo sul, separados da casa capitular por uma divisória de madeira, faziam parte de uma asa cruzada que se estendia para o leste. Era a sala em que durante o dia  os cônegos podiam trabalhar dentro do claustro, e também poderia ter sido a casa de aquecimento onde um aquecedor era mantido durante o inverno e a primavera.

          A leste, fica o ralo pavimentado da latrina comum no primeiro andar, que servia ao dormitório no andar superior.

Faixa sul

          A faixa sul abrigava o refeitório dos cônegos sobre um térreo abobadado. Embora também seja final do século XIII, é um pouco mais tarde que a faixa leste. O uso do andar superior para a sala de jantar era uma referência intencional à Última Ceia e era a norma nas casas dos cônegos. No canto sudoeste da faixa, estão os muros baixos de uma cozinha.

Faixa oeste

          O muro oeste, construído na primeira metade do século XIV, era o muro dos irmãos leigos, com seu refeitório no térreo e dormitório acima.

          Entre essa área e a igreja ficava o salão externo, onde a comunidade podia encontrar as pessoas de fora. Quando os irmãos leigos deixaram de ser uma parte significativa da comunidade no final do século XIV, a região oeste quase certamente foi convertida em casa para o prior.

          O claustro estava cercado por galerias cobertas que davam para o pátio. Além de fornecer acesso às gamas do claustro, era a área de vida dos cônegos.

Sempringham: um lugar solitário que conduz ao encontro com Deus

      Vamos fazer uma meditação contemplando no silêncio da natureza a força da presença de Deus. 

    Diz-nos a palavra: "... passado o tremor de terra, acendeu-se um fogo, mas o Senhor não estava no fogo. Depois do fogo, ouviu-se um murmúrio de uma brisa ligeira. Tendo Elias ouvido isso, cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da caverna" (1 Reis 19,12-13a)
   O texto apresenta-nos um encontro de amor entre Deus e seu servo, o profeta Elias. É no Monte Horeb onde se dá este encontro. Sempre de novo podemos repetir este mesmo encontro; basta que nos deixemos ser tocados pela graça e pelo amor de Deus.
   Assim, vislumbrado a serenidade de um pôr do sol em Sempringham, podemos também nós fazermos um encontro semelhante ao do profeta  Elias, que foi o mesmo de São Gilberto. Podemos na solidão do campo, na linda natureza, olhando para o céu e perceber que existe um Deus todo-poderoso que se inclina de forma amorosa e toca também o nosso rosto e nos cobre de beijos  e abraços como na figura do Pai misericordioso da paróbola de Jesus (leia São Lucas 15, 11-32).
      Sempringham, através desta imagem que temos também pode nos convidar ao mesmo encontro e não estamos sós, temos  a garantia da santidade de seu filho, Gilberto, que contemplou e experimentou este profundo encontro e cobriu seu rosto porque Deus o tocou.
       Faça também você o seu encontro neste momento.

           

                 

Os milagres por intercessão de São Gilberto- V

Um braço inchado

Eleanor, de Anwick, também acrescentou por sua própria conta que, por mais de um mês, ela tinha um braço inchado e inflamado devido a um derramamento de sangue.

Ela veio a Haverholme (uma das casas pertencentes à ordem do mestre Gilberto), onde seu braço estava polvilhado com a água em que o corpo do mestre Gilberto havia sido lavado após sua morte. No mesmo dia em que recuperou sua boa saúde anterior.

Geoffrey de Anwick disse sob juramento que levou Eleanor, quando ela estava sofrendo com essas doenças, ao túmulo de Mestre Gilberto em seu carrinho, e ele reconhece que ela foi restaurada à saúde lá.

Ruínas do priorado de Haverholme

Igreja de São Sisto, papa, em Roma, dada aos gilbertinos

        Não menos significativo foi o caso de São Sisto em Roma. O papa Inocêncio III elaborou um plano para fundir várias instituições religiosas e estabelecer um mosteiro comum na igreja de São Sisto, perto da igreja dedicada aos santos Nereu e Aquiles.

           Informado das constituições e dos méritos da Ordem de Sempringham pelos contatos feitos na Cúria na época da canonização de Gilberto, ele apelou aos gilbertinos para que cuidassem da igreja e da direção espiritual das freiras.

        A antiga e arruinada igreja de  Santo Sisto foi reconstruída apenas parcialmente com a morte do papa em 1216. Em agosto de 1218, o papa Honório III repreendeu o Mestre da Ordem por ter deixado a igreja sem padres qualificados no cargo e pediu que ele enviasse quatro religioso depois do Natal, estabelecido às custas do papa, de acordo com seus estatutos.

           Os Gilbertinos, alegando dificuldades na execução do acordo, passaram mais de um ano até enviar uma nova delegação a Roma. Finalmente, o papa liberou  São Sisto de toda obediência ao Mestre e à Ordem e estabeleceu ali os filhos de São Domingos.

Mapa das casas da Ordem de São Gilberto na Inglaterra

Double: casas masculinas e femininas

Single: casas masculinas ou femininas

Hall: celas

Abertura do manuscrito da vida de São Gilberto, Da Biblioteca Britânica

"A glória da justiça surge e ilumina todo homem que vem a este mundo e deseja que ele chegue ao conhecimento de Seu nome; em seu ambiente, lançou raios de novo brilho sobre as terras ocidentais do mundo ocidental.
Quando seu brilho foi lançado em nosso meio do alto, brilhou na escuridão da nossa noite como uma estrela celestial trouxe entre nós um homem de vida exemplar chamado Gilberto.
Escolhido para ser servo de Deus na terra da Inglaterra, ele nasceu em um lugar chamado Sempringham, de uma família distinta (algo que normalmente e adequadamente atua como um incentivo à virtude); mas pela natureza especial de sua vida, esse homem venceu o mundo e sua origem mundana.
Seu pai se chamava Jocelin; ele era um cavaleiro digno e também um homem virtuoso e rico: um normando, que possuía muitas propriedades espalhadas por Lincolnshire. Mas sua mãe era inglesa de nascimento, de pais que eram fiéis, mas vinham de uma posição inferior."

Relíquias ligadas ao Priorado de Sempringham

Cônego gilbertino de joelhos diante de São João Batista, Sempringham, 13º século





A festa de São Gilberto realçada em um calendário dos santos, Inglaterra, 1260





Textos em latim sobre São Gilberto na Biblioteca Bodleian




Textos em latim sobre a vida, trasladação e milagres de São Gilberto de Sempringham adaptados de seu processo de canonização (1201-1202) na metade do século XV.




A oração do Senhor no inglês medieval, Sempringham, século XIII





Algumas histórias da vida de São Gilberto, o santo de Lincolnshire que fundou uma ordem religiosa e que morreu em 1189.






Uma carta inglesa do século XII testemunhada por um santo: concessão de terras por William d'Aubigny, senhor de Belvoir, para as freiras da casa Gilbertina de Sempringham, Lincolnshire. Entre as testemunhas listadas está o fundador da ordem Gilbertina, São Gilberto de Sempringham (1083-1189).

Os milagres por intercessão de São Gilberto- IV

Disenteria e outros males

Eleanor, uma mulher de Anwick, disse sob juramento que na festa de Todos os Santos (1º de novembro) até o terceiro dia antes da Purificação de Santa Maria (30 de janeiro) ficou confinada à cama com várias queixas, como disenteria, gota, vômito e outros segredos que ela tinha vergonha de descrever.

Ela descobriu que duas mulheres, suas vizinhas, uma surda e a outra parcialmente paralisada, haviam recuperado a saúde na tumba do mestre Gilberto.

Ganhando confiança disso, que ela também se recuperaria, ela própria tomou providênicas e, equipada com uma vela de seu próprio tamanho, levou de carro ao túmulo do Mestre.

Ela manteve vigília lá desde a hora das matinas até a hora terça. Depois, sentindo-se restaurada, comeu e bebeu com alegria, sem vomitar a comida como antes. Ela acredita que recuperou sua saúde pelos méritos de Gilberto.

A senhora Hawise de Anwick testemunha em juramento a verdade detalhada deste evento.

Igreja de Santo André, onde foi enterrado o corpo de São Gilberto, em Sempringham