sábado, 18 de abril de 2020

A amizade entre os santos é um chamado à perfeição.

    


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      “A amizade entre esses dois santos constitui um aspecto muito bonito e importante. De fato, quando duas almas puras e inflamadas pelo mesmo amor por Deus se encontram, elas adquirem da recíproca amizade um estímulo fortíssimo para percorrer o caminho da perfeição. A amizade é um dos sentimentos humanos mais nobres e elevados que a Graça divina purifica e transfigura”, declarou o Santo Padre Papa Bento XVI na audiência geral no Vaticano em 15 de setembro de 2011, ao falar da amizade e do amor que existia entre São Francisco de Assis e Santa Clara de Assis.
        A beleza e a verdade do encontro de almas livres que compreendem que o mandamento novo do amor é algo que eleva todos os sentimentos ao mais puro e verdadeiro que é capaz de suscitar uma renovação de todos os comportamentos humanos, oferecendo uma energia que contagia e atinge a todos os que estão ao redor. Os santos são os grandes benfeitores da humanidade, ainda afirma o santo Padre.
      Desta forma podemos ver e compreender a beleza da vida e amizade de São Gilberto com vários santos de seu tempo. Foi uma amizade profunda com São Thomas Becket, arcebispo que perseguido pelo rei foi protegido nas casas da ordem gilbertina e acompanhado com segurança por um de seus monges, o diácono, também santo Avertino que conduziu o arcebispo até a França.
        Vemos a amizade e o amor que elevou a alma de ambos santos Gilberto e Elredo, o autor de um belíssimo tratado sobre o valor da amizade comparada com um amor que ultrapassa toda humana capacidade de compreensão, uma atitude que liberta e cura de todos os temores e fundamenta a relação humana no amor entranhado de nosso Deus.
       São Gilberto ainda foi grande amigo de São Bernardo de Claraval com quem passou mais de um ano em Citeaux para juntos resolverem a questão das casas de São Gilberto e a vida de seus religiosos. Quanta amizade e amor não os nutriu a olharem juntos à luz do Espírito Santo para essa grande obra que Deus suscita em seu coração. Como não teriam sido as conversas e debates de ambos vislumbrando toda a bondade e ternura de Deus em favor de seu reino através da ordem de Sempringham.
     Certamente foram momentos intensos de oração, partilha, diálogo e, sobretudo, de confiança e amor de um para com o outro para que juntos chegassem a decisão em favor dos desígnios salvíficos do Senhor para o povo inglês.
        Neste tempo ainda na França, São Gilberto pode conviver com o grande arcebispo de Armagh, na Irlanda, São Malaquias, grande apóstolo da fé nas terras irlandesas. Como não teriam sido esses encontros que mantiveram os dois reunidos no amor de Cristo!
        Finalmente como não mencionar o encontro com o beato Papa Eugênio III... Como não teriam acontecido seus encontros e, principalmente os momentos de vida em comum que puderam manter. É Deus que no seu amor para com os santos prepara uma experiência do céu ainda na terra para que homens comuns possam superar a si mesmos e vislumbrarem o reino de Deus em seus corações totalmente voltados para as coisas celestes.
         São momentos tão fortes que todos se tornam tão íntimos do Senhor que toca os seus corações para uma alegria que ultrapassa toda a dimensão do ser humano enquanto criatura perfeita de Deus. São os santos que mudam o mundo para o melhor, transformando os de modo duradouro.
          São os santos que nos ensinam que o mandamento do amor é realidade humana quando somos capazes de superarmos os afetos humanos que somente nos escravizam.


São Gilberto de Sempringham



São Bernardo de Claraval




São Thomas Becket




Santo Elredo de Rievaulx



São Malaquias de Armagh






Beato Papa Eugênio III

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