quarta-feira, 5 de julho de 2017

São Gilberto: homem da contemplação e da ação

        


        Quando lemos a vida e a missão de São Gilberto, lemos a ação dinâmica do Espírito Santo que foi conduzindo a ele num equilíbrio perfeito entre a sua ação e contemplação.
      De fato, não podemos olhar nem para um lado e nem para o outro com exclusividade. Isto seria uma negação à ação do Senhor e seria uma negação à própria vida do discípulo missionário de Jesus no mundo e no tempo em que é chamado a viver e dar testemunho de sua pertença ao Senhor
      São Gilberto foi um homem de uma marcante ação pastoral. Ele voltou da França e foi servir junto ao seu bispo e depois foi enviado para a sua terra natal para cuidar das igrejas de seu pai e ali ele exerceu os ofícios de educador e guia espiritual dos seus paroquianos. Sua ação foi muito intensa, sobretudo, com a fundação da ordem e seus priorados para servir a formação à vida consagrada.  
     Mas o que impressiona em sua vida é que enquanto tudo isso vai se desenvolvendo como sua missão específica, vemos um homem completamente marcado pela contemplação. São horas sua intimidade de vida com o Senhor em profunda vida de oração, meditação e contemplação. São horas que ele passa junto do Senhor para que sua ação seja uma evangelização e, sobretudo, seja sua santificação pessoal e de suas comunidades.
     Sem estes seus dois pulmões certamente São Gilberto não teria conseguido realizar na história da Igreja o que pôde realizar. Sem uma ação equilibrada e uma profunda intimidade com o Senhor certamente não seria possível desenvolver tudo o que ofereceu à Igreja em seu tempo e as reformas feitas, tão necessárias para a edificação da dignidade humana, sobretudo, das mulheres e dos mais pobres em seu tempo e lugar.
      São Gilberto foi um homem profundamente ativo no que se refere em viver concretamente sua vocação e ação em favor do anúncio do Evangelho, da construção do Reino de Jesus e ao mesmo tempo foi um homem marcadamente contemplativo, numa necessidade sempre crescente de permanecer diante do Senhor para que fosse animado a viver sua vocação.

A vida devota de São Gilberto





           Como todos os grandes santos, Gilberto praticou austeridades corporais graves. Sua abstinência em matéria de alimentos datava desde os dias de sua estadia no palácio do Bispo, mas aumentou à medida em que o tempo passava. Ele geralmente fazia suas refeições em pé ou de joelhos, só em raras ocasiões ele se sentava. A maior parte de sua comida ele dava aos pobres, para este fim ele mantinha um prato perto de suas mãos para que ele pudesse dar parte de sua refeição.
         Ele nunca permitiu-se o repousar ao meio-dia, embora ele garantisse  por sua regra a outros membros de sua ordem. Além de tomar parte no ofício da noite, ele geralmente continuava em oração até que o dia clareasse.
       Quando, no cumprimento, ele procurava descansar, ele criou para si mesmo um meio pelo qual ele podia mortificar a sua carne. Sua cama estava preparada como os dos irmãos, mas ele raramente estava deitado nela.
      O curto repouso que ele permitia para  seu corpo cansado era tomada em uma postura sentada. Apesar de algumas vezes buscar descansar, ele continuava em sua oração. Às vezes o seu queixo caia no peito, e ele dormia por um espaço de tempo. Em seguida, despertava, ele fazia valer-se à oração de novo, e assim por diante, durante o tempo previsto para repouso.